Carta do Gestor

SET | 2021
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Carta do Gestor

Opportunity Total FIC FIM

Desempenho do Fundo em AgostoO Opportunity Total encerrou o mês com alta de 1,32%. Os principais ganhos decorreram do livro de moedas (0,51%), ações internacionais (0,38%) e juros globais (0,30%).

Cenário para a Economia e Mercados O ambiente global manteve-se favorável em agosto. Após rápida aceleração nos últimos meses, em função da disseminação da variante Delta, a curva de contágio começa a dar sinais de reversão, beneficiada pelo avanço dos programas de vacinação, especialmente nos países avançados. Nos EUA, já há alívio em diversos estados em que a recente onda se mostrou mais crítica, ao passo que a Zona do Euro e o Reino Unido dão prosseguimento à abertura de suas economias sem maiores sobressaltos. Na China, as medidas de aperto indicam sucesso em coibir os focos locais de disseminação.

Confirmando nossas expectativas, o aguardado Simpósio de Jackson Hole mostrou-se um evento neutro para os mercados. Embora o Federal Reserve (Fed) tenha confirmado a intenção de iniciar o tapering nos próximos meses, a mensagem de paciência e cautela tem contribuído para reduzir a ansiedade dos agentes com a aguardada transição na política monetária norte-americana.

Com pandemia sob controle e condições financeiras ainda abundantes, continuamos vislumbrando a extensão do cenário externo benigno. O crescimento econômico, que recentemente apresentou alguma moderação em resposta às medidas de contenção da Delta, voltará a acelerar nos próximos meses, fornecendo combustível para os ativos de risco, em especial os mercados acionários. Contudo, seguimos cautelosos com o ambiente de risco para mercados emergentes, que se defrontam com desafios múltiplos, em particular a necessidade de administrar a aceleração da inflação, e as medidas de aperto do governo chinês sobre os setores de matérias-primas.

No Brasil, verificou-se novamente um desempenho negativo dos ativos domésticos em agosto, com os riscos destacados em nossa última Carta Mensal sobressaindo-se ao potencial benefício da reabertura da economia, na esteira do avanço do Programa Nacional de Imunização.

Seguindo novas surpresas negativas no campo da inflação, o Banco Central voltou a endurecer o discurso, sinalizando que deverá levar a taxa de juros para um patamar restritivo. Ao mesmo tempo, o cenário hidrológico evoluiu negativamente e já não mais se descarta o risco de falhas pontuais no suprimento energético nos próximos meses. Como resultado, as expectativas para o crescimento do PIB em 2022 continuaram a recuar – esperamos que nas próximas semanas estas sejam recalibradas para patamares próximos a 1,5%.

Por fim, e não menos importante, seguem os receios quanto à manutenção do regime fiscal. Embora se desenhe uma solução para o imbróglio dos precatórios que garantiria uma sobrevida formal ao teto de gastos, outros focos de risco se fazem latentes, tendo em vista a necessidade de se acomodar demandas políticas diversas em um já apertado orçamento para o próximo ano – entre elas, a expansão do programa Bolsa Família.

Esses fatores, além da aproximação do calendário eleitoral, reforçam nossa postura de cautela com a exposição nos ativos domésticos nos próximos meses.

Estratégia do FundoDiante de um ambiente internacional ainda benigno para os ativos de risco, mantemos exposição concentrada no mercado acionário norte-americano. Já os maiores desafios no plano doméstico justificaram redução no mercado acionário local, com a posição concentrada em empresas expostas ao ciclo global ou menos associadas ao cenário de crescimento doméstico.

No mercado de juros, continuamos perseguindo o tema da intensificação dos riscos inflacionários globais. Após elevação das taxas na curva dos EUA, reduzimos posição tomada, mas continuamos com exposição nas curvas de México e Chile. No Brasil, mantemos posição aplicada na parte intermediária da curva de juros reais, que deverá continuar se beneficiando da aceleração da inflação.

No mercado de moedas, voltamos a adicionar posição comprada em USD/BRL após o recuo observado no final do mês, com vistas ao ambiente turvo para as discussões no âmbito da política fiscal que se apresentam para as próximas semanas. Em função do alívio nas pressões para a valorização do dólar após a confirmação da mensagem de paciência do Fed para o início do tapering, adicionamos posições vendidas na moeda norte-americana contra o pound e o peso mexicano.

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