A economia brasileira deve passar por uma leve recuperação ainda neste ano, com a reabertura no Brasil apesar da pandemia da Covid-19 no radar e com os respingos dos outros países também tendo melhorias em seus índices econômicos.
No entanto, para o ano que vem, as previsões são menos otimistas. É essa a opinião de Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total. Em entrevista à CNN, o economista afirmou que o ano que vem traz algumas preocupações — que devem desacelerar a economia.
“Todos os riscos fazem com que tenhamos uma postura mais cautelosa. Eu chamaria a atenção para o aumento dos juros, necessário para conter a inflação. O Banco Central vai ser forçado, neste ano, a passar a Selic para patamares mais restritivos. Com isso, ficamos mais cautelosos com o cenário do ano que vem”, diz. “O Produto Interno Bruto (PIB) deve desacelerar em 2022, e, fora isso, você ainda tem toda a incerteza que vem com um ano eleitoral”, continua.
Segundo a previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB do Brasil deverá ficar praticamente estável no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 0,1% frente aos três meses anteriores, pela série dessazonalizada. No último documento sobre a atividade econômica, o Ipea previa alta de 0,2% do PIB no segundo trimestre.
Para 2021 e 2022, os pesquisadores projetam um crescimento de 4,8% e 2% do PIB, respectivamente, mantendo a previsão feita em junho passado.
“A economia deve desacelerar no ano que vem. Vamos passar por um período ruim e ainda demora vários meses para voltarmos para um patamar anterior à pandemia”, diz.
Para Mollica, “a inflação é o fator mais preocupante e precisamos prestar bastante atenção nos próximos meses”.